Desigualdade é mais evidente quando se comparam as rendas per capita: na capital, a média é de R$ 2,4 mil; no Entorno, R$ 790
Os moradores do Distrito Federal ganham até três vezes mais do que os do Entorno. É o que aponta a Pesquisa Metropolitana por Amostra de Domicílios (Pmad) 2017/2018, divulgada pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) nessa segunda-feira (14/10/2019).
Na capital, a renda domiciliar média é de R$ 6.159,40, enquanto a menor registrada em Cocalzinho de Goiás é de R$ 1.720,85. Já a cidade com o maior índice entre os municípios situados ao redor da capital do país é Cristalina: R$ 2.441,67. As regiões com rendimento inferior a três salários mínimos são classificadas como de baixa renda.
O levantamento considera 12 cidades goianas que compõem a Área Metropolitana de Brasília: Formosa, Planaltina, Padre Bernardo, Cocalzinho de Goiás, Águas Lindas de Goiás, Santo Antônio do Descoberto, Alexânia, Valparaíso de Goiás, Novo Gama, Luziânia, Cidade Ocidental e Cristalina.
O secretário de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Distrito Federal, Paulo Roriz, aponta que a diferença entre as rendas da capital e das regiões vizinhas é ocasionada pelo ritmo de desenvolvimento das cidades do Entorno, mais baixo que no DF.
MAIS SOBRE O ASSUNTO
Desigualdade
Quando comparadas as rendas per capita, a desigualdade entre o Distrito Federal e as regiões do Entorno fica ainda mais evidente. Para a capital, o valor encontrado é R$ 2.461,40, segundo dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) de 2018.
O menor valor encontrado para a área metropolitana foi de R$ 574,17, em Cocalzinho de Goiás – a quantia é quatro vezes inferior à registrada no DF. Já a maior para as regiões em volta do Distrito Federal é de R$ 790,60, em Valparaíso de Goiás.
De acordo com Roriz, a média das cidades goianas que compõem a Região Metropolitana do Distrito Federal vem crescendo ao longo dos anos, conforme comparação com a mesma pesquisa realizada em 2013 e 2015.
A grande diferença entre as regiões aparece ainda no nível de escolaridade: na capital, 33,9% dos moradores têm ensino superior completo. Na média das cidades do Entorno pesquisadas pela Codeplan, a população com esse nível de escolaridade não chega a 10%.
Trabalho
A pesquisa também confirma uma tendência de décadas: a elevada quantidade de moradores do Entorno que trabalham na capital. Em Águas Lindas de Goiás, por exemplo, 58,1% da população atravessam a fronteira com o DF diariamente para trabalhar. Em segundo lugar aparece o Novo Gama, com 56,6%.
O secretário de Desenvolvimento das Regiões Metropolitanas do Distrito Federal aponta que a quantidade de trabalhadores de fora da capital cresce de acordo com o aumento do desemprego no Entorno. “Acontece principalmente com as cidades mais próximas, como Valparaíso”, explica.
A pesquisa aponta ainda para a quantidade de domicílios que têm automóvel: enquanto a média do DF é de 68,80%, o total para os moradores do Entorno é de 49,14%.
Tags
Alô Goiás
Economia
Goiás
Jornalista Ricardo Antunes
notícias
Rede Alô de Comunicação
www.alogoias.com.br