OMS estima que a doença acometa mais de 150 milhões de pessoas em todo o mundo
A participante do Big Brother Brasil 22, Natália Deodato, trouxe maior visibilidade para o vitiligo, doença caracterizada pela perda da coloração da pele. As lesões formam-se devido à diminuição ou ausência de melanócitos, que são as células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele, nos locais afetados. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o vitiligo afeta mais de 150 milhões de pessoas em todo o mundo.
A médica dermatologista do Sistema Hapvida, Isabela Corral esclarece que a doença de pele é autoimune, o que significa que o próprio organismo produz anticorpos contra a própria célula que produz a cor da pele, que é a melanina. “Pode ser uma doença com características genéticas, pode ser o primeiro caso da família, ou pode vir acompanhadas de outras doenças autoimunes, como Doença de Crohn, Doença de Hashimoto, mais conhecido como hipotireoidismo”, explica a especialista.
O vitiligo se manifesta em qualquer parte da pele ou couro cabeludo. O tratamento, de acordo com Isabela Corral, depende de cada paciente. “Em alguns casos, o vitiligo pode ser reversível. Nós sempre falamos que é uma doença individual, que depende da localização das lesões, da idade do paciente. A resposta não é 100% igual, mas existem diversas opções de tratamento como pomadas de uso tópico, algumas medicações orais, procedimentos como fototerapia, entre outros”, esclarece.
A doença pode se manifestar em qualquer fase da vida e exige apenas uma atenção maior à proteção da pele. No caso da participante do BBB, a doença começou a dar sinais quando ela tinha 9 anos de idade. “A vida de quem tem vitiligo é normal, não existe nenhuma restrição. No entanto, as lesões provocadas impactam significativamente na qualidade de vida e na autoestima do paciente. Nesses casos, o acompanhamento psicológico pode ser recomendado. Além disso, a pele sem a melanina tem que ser protegida do sol, já que a lesão do vitiligo é mais propicia a queimaduras. Porém, as lesões não interferem na saúde da pessoa que possui a doença”.